quarta-feira, 30 de novembro de 2011

As Armadilhas de uma Paixão Parte 2


Autora: Luciana

Fanfic: The Mentalist

Categoria: Investigação e Romance

Censura: 16 anos


 


Sacramento (Califórnia)

Residência da Família McClue


 

Teresa Lisbon, Rigsby e Cho observavam a cena do crime. O corpo de Henry McClue estava na cama, sem roupas e com uma ferida na cabeça. Podiam ver o sangue no chão e nos lençóis. Era muito sangue. Lisbon estava perplexa com a cena, apesar de anos de trabalho.

-O que será que aconteceu aqui? – questionou Rigsby.

-Pelo visto, ele não reagiu. Pode ter sido drogado com alguma coisa. – disse Cho.

-E estava com alguma mulher. – falou Lisbon mostrando um sutiã esquecido no chão.

-Onde está Jane? – perguntou Cho lembrando de que o consultor, não havia seguido eles até o quarto.

-Com certeza, deve está aprontando alguma coisa na casa. – respondeu Lisbon.

O corpo do Sr McClue ia ser levado da cena do crime, e a perícia iria fazer o seu trabalho. O que a equipe de Lisbon agora tinha que fazer, era investigar o caso. E não seria nada fácil. Ele havia sido morto durante a festa de aniversário de sua única filha Debby. Na casa e no jardim haviam muitos convidados. Qualquer um poderia ter cometido o crime. Todos eram suspeitos.


 

Patrick Jane estava na sala da casa com Kristin McClue, a filha Debby e os convidados da festa Josh Parker e Isabelle Freeman; quando Lisbon, Cho e Rigsby apareceram.

-Jane, onde você estava? – perguntou Lisbon.

-Caminhando pela casa. E encontrei o casal aí, jogando xadrez em uma pequena sala. – respondeu ele mostrando Isabelle e Josh para Lisbon.

Ela olhou para os dois meio desconfiada. Mas antes de falar alguma coisa pra eles, se aproximou de Kristin McClue e disse:

-Eu sinto pela sua perda, Sra. McClue. Vamos investigar quem fez isso com o seu marido.

-Quero saber quem foi o monstro que matou o meu pai. – disse desesperada Debby McClue, chorando e sendo confortada por Josh.

-Desculpe perguntar isso agora, mas o seu marido tinha uma amante desde quando? – perguntou Jane.

-Como você tem coragem, de perguntar algo assim nesse momento! Seu bastardo, saia daqui! – gritou Kristin McClue irritada e com razão.

-Pode me xingar, Sra. McClue. Eu sei que sabia das traições de seu marido. E terá que falar sobre o assunto logo. – disse Jane saindo da casa.

-Desculpe pelo o que Patrick Jane fez agora. Ele é assim mesmo! – disse Lisbon querendo reverter à situação vergonhosa.

- Acho que esse consultor deveria ter mais respeito com a minha família, agente Lisbon. – falou Kristin.

Cho, Rigsby e Lisbon saíram da casa, indo para o jardim. Josh Parker se despediu de Debby e Kristin e saiu junto com Isabelle Freeman.

Observando o casal sair da casa, Lisbon se aproximou deles e disse:

-Vou querer falar com os dois no CBI.

-Somos suspeitos agora? – perguntou Josh.

-Todos que estavam nessa casa hoje são suspeitos. – respondeu a agente.

-Nós estávamos jogando xadrez naquela sala, e não vimos nada. – disse Isabelle.

-É verdade. – confirmou Josh.

-Mas mesmo assim, terão que depor como todos os convidados da festa. Ah, E qual é o nome dos dois mesmo? –perguntou Teresa Lisbon.

-Isabelle Freeman, sou de Maryland.

-Josh Parker, sou daqui mesmo.

-Espero os dois no CBI. –falou Lisbon caminhando até o carro com Jane.

Rigsby e Cho também foram embora no carro em que chegaram na casa naquela noite.

Isabelle e Josh observaram a equipe do CBI indo embora e se olharam.

-Não acredito! Eu vim pra Sacramento só por causa de um aniversário, e agora essa? Só falta eu virar suspeita da morte do Sr. Henry McClue. Por que eu fui aceitar jogar xadrez com você naquela?

-Calma, Isabelle! Nós ficamos o tempo todo naquela sala, não somos os principais suspeitos no caso. – disse Josh.

-Oh gênio! E se por acaso, Henry McClue foi morto antes de entrarmos naquela sala? Até eu suspeitaria de você. – confessou a jovem.

-Não vou discutir com você. Já é muito tarde, baby. E isso aqui, não é uma história de Agatha Christie. Quer uma carona?

-Não! Eu nunca entraria no seu carro de madrugada. Vou pegar um táxi, é mais seguro. – respondeu Isabelle caminhando pela rua.

-Você é que sabe. – disse Josh rindo debochado entrando no seu carro e saindo rapidamente do local.

"Como detesto esse homem!" pensou alto Isabelle.


 

Já era de manhã no CBI, quando Teresa Lisbon conversava com Van Pelt e Cho sobre o caso. Patrick Jane estava dormindo, ou melhor dizendo, fingindo que dormia no sofá. Rigsby estava tomando um café, seria um dia de muito trabalho.

-Van Pelt, eu preciso que veja algumas imagens que foram filmadas da festa. Pode ser que tenhamos alguma pista do que aconteceu na casa. – disse Lisbon.

-Sim, chefe! – respondeu Van Pelt indo pra frente do notebook.

-Cho e Rigsby, temos que interrogar alguns convidados da festa dos McClue. – falou Lisbon olhando de lado pra Jane deitado no sofá tranquilo.

-Jane, Jane.. – chamou Lisbon.

Ele abriu os olhos e deu um belo sorriso.

-Jane, preciso de você no caso. Vai se levantar desse sofá ou vai continuar sonhando com não sei o que. –disse Lisbon.

Realmente, Patrick Jane tinha seus sonhos, eram intensos. Mas Teresa Lisbon não poderia nem imaginar, que era com ela que Jane sonhava. Sim, ele sonhava com a agente Lisbon. Sonhos ardentes e confusos ao mesmo tempo. Não podia negar, estava amando novamente. Amando Teresa Lisbon. Isso de certa forma, não estava sendo fácil pra ele.

-Lisbon, eu sei o que devo fazer. Depois eu te conto. – disse Jane se levantando e saindo do CBI.

Lisbon ficou pasma, e sentia que ele iria aprontar alguma coisa naquele dia. Ele sempre aprontava, e no final de tudo ria. Esse homem conseguia de verdade mexer com ela. A agente resolveu tirar os pensamentos sobre Patrick Jane de sua mente, e voltou ao seu trabalho. Tinha um caso pra resolver e não seria tão fácil assim.


 

Isabelle Freeman entrou numa lanchonete, e viu Patrick Jane sentado em uma das mesas. Ela caminhou até o local e sentou perto dele. Mais cedo, ela havia recebido uma ligação do consultor do CBI, pedindo que o encontrasse naquela lanchonete. E agora, Isabelle estava ali, querendo saber o que Patrick Jane queria conversar com ela.

-E então, o que quer conversar comigo? – perguntou Isabelle.

-É sobre o que aconteceu na casa da família McClue. – respondeu Jane bebendo um chá, como sempre.

-Eu não vi nada. Já falei que estava naquela sala jogando xadrez com Josh Parker. – disse a jovem.

Nesse momento entrou Josh Parker no local, e ao ver Isabelle sorriu charmosamente. Ela não estava acreditando no que via, Josh tinha sido chamado pelo consultor do CBI também.

-Uau!Pelo visto você também recebeu uma ligação dele! E o que quer o consultor do CBI? – perguntou sentando e olhando pra Isabelle com uma cara de safado.

-Vocês estavam distantes da festa e creio que podem ajudar no caso. Você, Josh com certeza sabe de algum podre daquela família, não é? – disse Jane.

-Confesso, gostei de você! O que quer saber? Os podres do falecido, Henry McClue? – perguntou Josh.

-Isso mesmo. Aposto que você sabe de muita coisa. – disse com um leve sorriso Jane.

-Bem, eu conheço a família há sete anos. O Sr McClue sempre jogava golfe com o meu avô e meu pai todo fim de semana. Confesso, que fiquei uma vez com a filha dele, Debby, não me orgulho disso.

-Meu Deus! Você me dá nojo, Josh!Até com ela saiu? – disse Isabelle.

-Por acaso está com ciúme, baby? – Josh perguntou rindo.

-Imagina se eu teria ciúme de uma porcaria de homem, que é você.

-Viu, Patrick Jane, essa garota me adora! – disse debochado.

Jane riu da cena, e sabia que existia um clima entre os dois. Mas preferiu não falar sobre isso naquele momento.

-E Henry McClue, como era? Tinha amante?

-Ele era discreto, muito discreto. Com certeza, tinha uma amante. Uma vez, o vi comprar uma pulseira de brilhantes. E não era para a esposa Kristin. Nunca a vi com a pulseira. – disse Josh.

-E depois dizem que só as mulheres são fofoqueiras. Vocês homens, sinceramente adoram uma fofoca. Não tem vergonha, Josh! – falou Isabelle.

-E nunca viu ele com alguma mulher? –Jane perguntou curioso.

-Não, ele sempre foi reservado nisso. Nunca comentou sobre nenhuma mulher. Eu acho até estranho isso. – confessou Josh.

-E a sua relação com Debby McClue? – perguntou Jane.

-Foi uma brincadeira de uma noite. Nada sério. Ela sempre soube disso. – respondeu sorrindo.

-Nossa!Eu não sei como tem mulher que cai na sua lábia, Josh. – disse com cara de nojo, Isabelle.

-Elas gostam de meu charme, baby.

Isabelle não suportava aquele sorriso dele. Pensou até em sair dali, mas desistiu.

- E você, Isabelle? O que pode me contar sobre os McClue?

-Eu não conheço a família como esse daí! O Sr McClue e o meu avô fizeram amizade, enquanto participavam de leilões de livros antigos. Ele convidou o meu avô para o aniversário de Debby aqui em Sacramento. Como o meu avô está viajando, vim representando ele na festa. – contou Isabelle.

-Sei ! E quando estava na festa viu alguma coisa estranha? – perguntou enquanto ainda tomava o seu delicioso chá.

-Não sei. Havia muitos convidados e a música no jardim estava alta. Vi o casal McClue conversando com alguns convidados. – disse Isabelle.

-Escuta, vamos ter que falar isso de novo no CBI? – questionou Josh.

-Não. Acho que não vão precisar ir no CBI. – respondeu Jane observando o casal.

-É verdade, que bateram na cabeça dele até morrer naquele quarto? – perguntou Isabelle.

-Sim. E ele estava com alguma mulher no quarto antes de ser morto. Encontraram um sutiã esquecido no chão. – falou Jane.

-Então o safadinho, estava se divertindo com a amante na própria casa dele? E na festa de aniversário da filha dele? Esse não prestava mesmo. – disse Josh rindo.

-Josh! – disse Isabelle indignada.

-Isabelle, sabia que ele deixou você ganhar no xadrez de proposito?! – disse Patrick Jane.

-O quê?

-Josh é ótimo em xadrez, não é?

-E por que ele faria isso? – perguntou Isabelle.

-Josh sabe o motivo, só não consegue admitir não é? – disse Jane se levantando e saindo da lanchonete.

Josh e Isabelle se olharam e sem dizer nada, saíram do local. Cada um seguiu uma direção diferente.


 

Lisbon estava irritada, muito irritada na verdade. Não acreditou quando soube que Jane havia conversado fora do CBI com Isabelle Freeman e Josh Parker. Ele não poderia ter feito isso sem avisar. Mas era Patrick Jane, e dele poderia esperar qualquer coisa. Ela havia passado o dia todo interrogando e investigando os convidados da festa, assim como Cho e Rigsby. E estava estressada.

Van Pelt assistiu ao vídeo da festa, e percebeu que havia situações suspeitas. E foi contar pra Lisbon, Cho e Rigsby.

-Eu vi algumas coisas estranhas no vídeo. Vejam Debby McClue aparece em um momento discutindo com uma mulher loira que usava um vestido branco. – a agente mostra a cena no vídeo.

-Sabemos quem é ela? – perguntou Lisbon.

-Sim. Falei com ela hoje mais cedo. Seu nome é Evelyn Swank, colega de Debby na Universidade.

-Vejam essa parte agora. Sr McClue conversa com essa jovem no jardim. Ele está sorrindo, como se gostasse da companhia dela. – disse Van Pelt.

-Essa eu conheço, é Isabelle Freeman. Aquela que estava jogando xadrez com Josh Parker numa sala durante a festa. Ah!E com quem Jane fez o favor de conversar hoje, sem ao menos me avisar. Acho muito suspeita ela está assim tão próxima de Henry McClue. – disse Teresa Lisbon.

-Não adianta, Lisbon. Ela não é a amante misteriosa dele. – falou Jane se aproximando dela.

-Como você pode ter tanta certeza? – perguntou Lisbon chateada.

-Isabelle não é desse tipo. Não seria amante de Henry McClue. Na verdade, ela é apaixonada por outro homem, mas não percebeu isso ainda. – comentou Jane.

-Se não é ela, quem é a mulher que estava com o Sr McClue naquele quarto? Essa mulher pode ter matado ele ou ser a principal testemunha do caso. – disse Lisbon.

-Alguma coisa ainda nas filmagens, Van Pelt? – questionou Jane.

-Sim. Tem um momento em que Sr McClue conversa com um casal, e depois sai de perto dos convidados e some das filmagens.

-Que casal é esse? Vocês conseguem identificar se falamos com eles hoje? – perguntou Lisbon.

-Sim. É o casal Swank. Chamam-se Tony e Michaela Swank, pais de Evelyn, a colega de Debby – respondeu Rigsby.

-Vamos ter que conversar com essas pessoas. E saber o que escondem. Enquanto isso, eu e Jane vamos à casa dos McClue ter uma conversa com a viúva e a filha dela. – disse Teresa Lisbon olhando pra Jane, que tinha um belo sorriso no rosto.


 


Residência dos McClue


 

A noite estava enluarada. Do CBI até a casa dos McClue, Lisbon não disse uma palavra. Não queria conversar com Patrick Jane. Ele sabia que tinha deixado ela chateada. E não quis irritá-la antes de conversarem com Kristin e Debby McClue.

Kristin usava um vestido preto e aparentava tristeza no olhar, quando abriu a porta da casa. Os dois entraram e foram para a sala. Não haviam visto Debby McClue no local.

-Sra. McClue, gostaríamos de fazer algumas perguntas. – disse Lisbon.

-As suas perguntas eu respondo, mas desse daí, não quero ouvir nenhuma palavra. - disse olhando séria pra Jane.

-Ele não vai dizer nada.

-Gostaria de saber, se desconfiava que seu marido tinha uma amante? Ele estava no quarto com uma mulher, isso é fato. Ela pode ser uma testemunha ou quem matou o seu marido.

-Eu passei a desconfiar dele há seis meses. Ele sempre foi um homem discreto, não muito alegre. E estava diferente. Parecia ter um brilho nos olhos. Tinha fim de semana, que Henry viajava e desligava o celular. Certo dia encontrei a nota de uma compra feita por ele, uma pulseira de brilhantes. Naquele dia, tive a certeza que Henry estava me traindo. Você não sabe a dor que eu senti. Joguei na cara dele, o que eu descobri e ele confirmou. Disse que estava completamente apaixonado por outra mulher. E me pediu o divórcio. E decidi que depois do aniversário de Debby, iriamos resolver a nossa situação. Só que eu não esperava isso. – contou Kristin triste.

-E não sabe quem é essa mulher? – perguntou Lisbon.

-Não descobri. Mas pelo visto, ela estava na festa e teve a coragem de dormir com Henry dentro da nossa casa. – disse indignada.

Patrick Jane ouvia tudo e ainda observava a casa. Era bonita e elegante. Parecia com Kristin McClue. Isso ele notou desde a primeira vez, que havia pisado ali.

E nesse momento, Debby apareceu na sala.

-Debby McClue, poderia fazer uma única pergunta? – disse Jane se levantando do sofá e indo na direção dela.

-Que pergunta? – questionou a garota que usava uma calça jeans cara e uma camiseta com a palavra "I Love Angelina" estampada.

-Por que discutiu com Evelyn Swank na festa?

-Foi uma bobagem. Coisa de amigas. Nada demais. – respondeu a garota.

-Sei. –Patrick Jane já tinha a resposta que queria.


 

Minutos depois, Lisbon e Jane já estavam no carro. Não suportando o silêncio, Jane comentou:

-Pelo visto, continua chateada com comigo. Eu só estava investigando o caso, quando chamei Isabelle Freeman e Josh Parker naquela lanchonete hoje de manhã.

-O fato é que você não me disse nada. Eu deveria saber disso! – disse Lisbon enquanto dirigia o carro.

-Me desculpe, mas você tem que continuar confiando em mim, como sempre confiou. – disse Jane olhando pra Lisbon com um olhar carinhoso.

-Não me olhe assim. Eu te perdoo mais uma vez, Patrick Jane. Só peço pra não fazer isso de novo. E me avise antes de fazer as coisas. -falou Lisbon com aquele olhar pra ele.

Ele sorriu, sabendo que não ia cumprir o que estava prometendo naquele momento.

-Eu estou cansada. O dia hoje foi cansativo. – confessou Teresa Lisbon.

-Aceita jantar comigo. –disse Jane.

-O que? Está me convidando pra jantar com você? Não tenho vontade de sair hoje. –respondeu a agente.

-Vamos, Lisbon! Que seja no seu apartamento, então. Pedimos uma pizza, e conversamos.

Lisbon não queria admitir pra si mesma, que adorava o sorriso daquele homem. Não só o sorriso, mas o olhar dele a deixava arrepiada. Esse Patrick Jane!

-Aceito. Estou precisando de uma pizza mesmo. Amanhã teremos muito trabalho por causa desse caso. – disse sorrindo pra ele.

-Então, vamos pedir uma pizza, Lisbon!E vou querer um chá também. – Jane disse rindo.

-Pizza e chá? Isso não combina, Jane! – Teresa Lisbon riu.

-Oh Lisbon! – Jane dava um daqueles sorrisos lindos pra ela.

Era só pizza e chá em uma noite de luar no apartamento de Lisbon, nada demais, o que poderia acontecer?

Continua...


 


 


 


 


 


 


 


 

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