Autora: Luciana
Fanfic: Supernatural
Censura: 16 anos
"Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo;a tua vara e o teu cajado me consola."
Salmo 23:4
Beverly (Massachusetts)
23 horas
A noite estava um pouco fria, e uma estranha neblina encobria o cemitério de Beverly. Dean e Sam Winchester jogavam sal grosso nos restos mortais de um homem, cujo fantasma vingativo estava causando várias mortes na cidade. Ao colocarem fogo, sentiram que finalmente o caso estava resolvido. E poderiam descansar até que um novo caso surgisse no caminho dos dois. Foram até o carro e saíram da cidade. No som do carro tocava uma canção de AC/DC, uma preferida de Dean.
8 dias depois...
Milford ( Massachusetts)
Willow Hotel
Dean estava falando com Bobby no telefone, enquanto Sam dormia tranquilamente. Os dois resolveram ficar naquele hotel para descansar alguns dias.
- E aí, Bobby! Como vão as coisas? – perguntou sorrindo Dean.
- Na mesma! Poucas notícias no momento. Soube que vocês enfrentaram um fantasma vingativo em Beverly. – falou Bobby.
- Não foi tão difícil assim! O mesmo de sempre!
- Onde vocês estão agora? – perguntou.
- Milford, ainda em Massachusetts. É uma cidade agradável. Eu e Sam resolvemos ficar uns dias aqui, depois vamos visitar você. Se não aparecer um novo caso no nosso caminho. - respondeu Dean.
-Qualquer problema, me avise Dean. – disse Bobby sentindo que ainda receberia um pedido de ajuda dos irmãos Winchester.
-Valeu, Bobby!- falou Dean se despedindo daquele que era mais que um amigo, era quase um pai pra ele.
Sam ainda dormia, estava cansado demais para sair naquela noite. Mas Dean queria tomar alguma bebida e quem sabe conhecer uma mulher interessante na cidade. Ele tomou banho, trocou de roupa e deixou um recado para o irmão.
Depois de encontrar um bar, tomar algumas cervejas e cantar algumas mulheres no local, Dean saiu levando para o irmão, um lanche que havia comprado numa lanchonete. Com certeza, Sam estaria com fome no hotel.
Caminhando até o hotel, ele observou uma jovem sentada no banco de uma praça chorando. Ela vestia um vestido azul bem claro e longo. Seus cabelos eram negros e nos ombros. Curioso, Dean se aproximou dela e disse:
-Oi, tudo bem com você?
Ela não respondeu e ainda havia lágrimas em seus olhos verdes. Dean sentou- se ao lado dela e querendo chamar a atenção falou:
-Meu nome é Dean, e acho que não deveria ficar chorando assim. É muito bonita sabia!
E a jovem não disse nada. Apenas olhou de lado pra ele e sorriu levemente.
-Pelo menos fiz você sorrir um pouquinho. Qual é o seu nome? – perguntou ele.
-Anne. – respondeu a jovem em voz baixa.
-Anne?! Então Anne, por que está tão triste?
-Eu estou me sentindo muito sozinha. Sinto falta da minha família. Faz muito tempo que eu não tenho contato com eles, sabe.
Dean olhou pra ela, e disse:
-Eu sei como se senti. Perdi meus pais, e só tenho o meu irmão. Não é fácil, não.
-Mas o meu caso é diferente. Você não iria entender, Dean.
Ela se levantou do banco e saiu, deixando Dean intrigado e sem palavras.
De volta ao Willow Hotel, Dean ainda pensava em Anne e comentou com Sam, que saboreava o lanche levado pelo irmão. E ele achou que não era nada demais uma garota chorando numa praça.
Naquela mesma hora, o casal Tom e Artesia Jewett volta para casa, após participarem de uma reunião entre amigos, e procuram pela filha. Eles sobem as escadas que vão para o segundo andar da casa.
-Rebecka! Filha! Voltamos! – disse a mãe.
-Becka, você já está dormindo?- perguntou o pai.
Os dois foram até o quarto da adolescente e ao abrir a porta viram a cena que nunca iriam esquecer. Sua única filha estava no chão, pálida e morta no chão. Não havia sangue no local, tudo estava fechado, até as janelas. Desesperada, Artesia correu e abraçou a filha morta, e Tom ligou para o xerife da cidade. Não conseguiam aceitar o que tinha acontecido. E a pergunta que os dois se faziam: O que tinha acontecido naquela casa?
A notícia logo se espalhou por Milford pela manhã, e Sam ficou sabendo junto com o irmão, durante o café da manhã na lanchonete. Eles acharam que havia algo estranho no caso. E resolveram visitar a família Jewett.
Residência da Família Jewett
Dean tocou a campainha, e a porta foi aberta por uma mulher vestindo preto. Era loira e aparentava ter 45 anos. E estava muito triste, isso Dean e Sam podiam perceber naquele momento.
-Oi, eu sou Ted e esse é meu irmão Fred Pierce. Somos jornalistas, e gostaríamos de conversar sobre o que aconteceu. – falou Dean.
-Jornalistas? Eu sinceramente não estou com vontade de falar sobre o que aconteceu. Era minha única filha, entendem? – disse Artesia Jewett.
- Sentimos muito pela sua perda! Mas vai ser rápido, Sra. Jewett. – Sam se aproximou a cumprimentando.
- Se for rápido tudo bem.
Ela deixou os dois entrarem na casa. E eles observaram que havia algumas pessoas no local, familiares e amigos. Uma senhora chorava muito, e era consolada por Tom Jewett.
Dean e Sam sentaram-se no sofá e viram Tom vindo ao encontro deles.
-Quem são eles, Artesia?
-Jornalistas. Chamam-se Ted e Fred Pierce. Querem informações sobre o que aconteceu com nossa filha. – respondeu
-O que querem saber? – perguntou Tom.
-Eu sinto muito, pela perda da sua filha. Só queremos saber melhor o que aconteceu. Trabalhamos para um jornal do estado. – disse Dean.
- Ontem à noite, fomos participar de uma reunião com alguns amigos do outro lado da cidade. Deixamos a nossa filha Rebecka em casa, estudando para uma prova de francês que ia ter hoje. Quando voltamos, encontramo-la morta dentro do quarto. – Artesia disse chorando.
- Ela estava no chão, totalmente pálida e sem vida. Tudo estava fechado. Becka sempre foi responsável e sempre quando estava sozinha fechava as janelas e as portas. Mesmo morando numa cidade tranquila, não se pode confiar na segurança. - disse Tom.
-Havia alguma coisa diferente no quarto? – perguntou Sam.
-Não, tudo estava normal. Não havia sangue ou algo revirado. - contou Artesia.
-Por acaso, nesses dias sentiram algum arrepio ou as luzes piscaram na casa? – questionou Dean.
-Não. O que isso tem haver com a morte de minha filha? –perguntou Tom.
-Nada. Só queremos saber se sentiram algo de anormal na casa nos últimos dias. – disse Sam.
-Não. Nada de anormal! – afirmou Artesia e Tom juntos.
-E já sabem do que sua filha morreu?- perguntou Sam.
-Disseram pra nós que ela foi envenenada. - disse Tom.
-Minha filha nunca faria isso, não sei como isso aconteceu. Estão tratando o caso como suspeito. – comentou Artesia com os olhos molhados.
-Desculpem pelo incomodo, e agradeço por terem nos atendido. - disse Sam.
Sam e Dean saíram da casa intrigados, e sabiam que havia algo de estranho na morte da garota. E tinham que investigar a morte de Rebecka.
-Dean, eu vou tentar descobrir sobre o passado da casa dos Jewett, e você? – perguntou Sam.
-Vou investigar sobre a vida da garota na cidade. – respondeu Dean entrando no carro. Ele ligou o som alto, tocava a música "Hero" de Nickelback.
Dean esteve no colégio em que Rebecka Jewett estudava. Não havia descoberto muita coisa. Ela era uma boa estudante e não tinha namorado. Participava do grupo de teatro do colégio e adorava ir às festas com as amigas.
Ele encontrou uma amiga dela, Melissa , uma garota de 16 anos, alta e de cabelos castanhos , que usava uma calça jeans e uma blusa com as seguintes palavras "Little Monster".
-Você conhecia muito Rebecka? – perguntou Dean.
-Sim, eu conhecia Becka desde os 10 anos. E não consigo aceitar o que aconteceu. Ela nunca faria algo contra si mesma. Ela não era desse tipo. – disse a garota com lágrimas nos olhos.
-Ela comentou alguma coisa estranha com você, nos últimos dias? Algo que você não achou importante na hora?
A garota pensou, pensou e disse:
-Há quatro dias, ela me contou um sonho que teve. Foi algo sem importância.
-Sonho? Lembra o que Rebecka te contou?-questionou Dean.
-Sim. Ela disse que sonhou que estava em sua casa, e via uma garota no jardim. E essa garota pedia ajuda.
-Sei, Melissa! Muito obrigado pela informação.
Dean Winchester saiu do colégio, com uma certeza em sua mente, aquele sonho que Rebecka tinha contado pra amiga, não era insignificante. Algo lhe dizia que era estava na direção certa. Ele entrou no carro e foi conversar com o xerife da cidade. Queria saber se havia mais informações sobre a morte da garota.
O Xerife Vader estava tomando café quando recebeu Dean ou melhor, o jornalista Ted Pierce. Ele achou as perguntas do rapaz, muito estranhas.
-Xerife, já sabem como Rebecka Jewett foi envenenada? –perguntou Dean.
-Ainda é um mistério. Não havia nenhum vestígio de veneno no quarto dela. E nem na casa. Mais os exames realizados no corpo, mostram que ela morreu envenenada por cicuta. – respondeu o xerife.
-Cicuta? Uma planta não?
-Sim, mas não achamos nada na casa.
-Já houve algum caso parecido com esse na cidade? – Dean perguntou pegando uma rosquinha que havia na mesa.
-Não.
-Desculpe perguntar, por acaso não ocorreu em Milford algo diferente do normal, nos últimos meses ou semanas?
-Escute rapaz, pra qual jornal você trabalha mesmo? – questionou o xerife Vader.
-Ah É um jornal novo, o senhor não deve conhecer! Muito obrigado pelas informações, xerife. – disse Dean sem graça e se despedindo.
Dean voltou para o hotel, com certeza Sam já deveria ter descoberto alguma coisa em suas pesquisas. Ele sempre contava com a inteligência de seu irmão caçula.
Willow Hotel
Minutos depois...
Sam estava sentado em frente da tela do notebook em silêncio, quando o irmão abriu a porta. Já estava anoitecendo em Milford naquela quinta – feira.
-E aí Dean, o que descobriu?
-Pouca coisa. Rebecka era uma boa estudante, e uma amiga dela mencionou apenas de um sonho. Parece que ela sonhou com uma garota no jardim de sua casa pedindo ajuda há quatro dias. Pode ser alguma coisa aí! Já o xerife não ajudou muito, apenas contou que ela foi envenenada com cicuta.
-Cicuta?- disse Sam.
-Sim. – falou Dean sentando ao lado do irmão.
-Pois eu tive mais sorte que você. Pesquisei sobre a casa em que moram os Jewett. E descobri uma história interessante, Dean. – comentou Sam.
-Então me conta, gênio, o que descobriu em suas pesquisas?
-Os primeiros proprietários da casa foram a família Salle no começo do século 20. A casa foi construída como presente de casamento de Paul Salle para a então noiva Liana Hudson. Ele era filho de um homem muito rico na época, dono de várias propriedades no Estado. –Sam falou mostrando uma foto do casal.
-Parece que formavam um belo casal. – Dean disse observando o casal da foto antiga.
-Os dois se casaram em 1912, e foram morar na casa. Eles tiveram três filhos- Edward, David e Anne Katherine.
Dean olhou uma foto em preto em branco do casal com os três filhos ainda crianças e disse:
-E o que mais, Sam?
-Em 1937, a filha caçula do casal Salle, Anne Katherine com 19 anos, foi encontrada morta no jardim da casa. A morte teria sido causada por envenenamento. Na época acreditavam que o culpado era o seu ex- noivo Greg Denson, que não havia aceitado o fim do noivado. Ele chegou a ser preso, mais foi solto por falta de provas. E com isso, a morte dela não foi solucionada.
-Será o fantasma de Anne Katherine Salle que apareceu em sonho para Rebecka Jewett? Sam será ela a responsável pela morte da garota? Fantasmas vingativos existem, já encontramos muitos no passado.
-Eu pesquisei sobre Anne Katherine Salle. Nascida aqui em Milford em 1918. Estudou nas melhores escolas da época. Tocava piano e ainda falava quatro idiomas. Era muito bonita, Dean. Ela ficou noiva de Greg Denson aos 16 anos, mas terminou o noivado antes de morrer em 1937. –relatou Sam.
-E o que aconteceu com Greg Denson? – quis saber Dean.
-Se mudou de Milford, e ninguém mais soube notícias dele. – contou Sam.
-Alguma coisa sobre o que aconteceu com a família Salle depois da morte de Anne Katherine? Algum relato de fantasmas na casa ou algum acidente? – questionou Dean olhando as fotos antigas em cima da mesa.
-O casal Salle continuou morando na casa até os anos 40. O filho mais velho Edward foi morar em Nova York, e David continuou junto com os pais em Milford. O único relato que descobri foi de uma empregada da casa chamada Abby. Ela teria contado pra um jornalista da época que teria visto o espírito de Anne Katherine na casa.
-E a foto dela, onde está?
Sam pegou a foto e disse:
-Aqui está Anne Katherine Salle.
Dean observou a foto chocado, não podia acreditar no que estava vendo.
-O que foi Dean? Está fazendo uma cara esquisita! – disse Sam sorrindo.
-Lembra-se da garota que vi na praça chorando, e disse que se chamava Anne?
-Sim!
-Acabei de descobri quem ela é. – Dean falou mostrando a garota na foto com roupas antigas.
-Você está me dizendo que conversou com o fantasma de Anne Katherine Salle, pensando que ela estava viva? OH Meu Deus!
-E ainda joguei meu charme pra cima dela! – falou rindo.
Dean e Sam agora sabiam que tinham que ir atrás dela, e descobrir os mistérios dessa história. Por que Rebecka morreu envenenada igual à Anne Katherine? O que os Jewett tinham haver com a família Salle? E afinal de contas, quem matou Anne Katherine em1937? Eram muitas perguntas, que precisavam de respostas nesse caso. E Dean estava intrigado.
CONTINUA...
SUPERNATURAL |
menine com vc escreve estou boba, ficou sensacional!!!!
ResponderExcluirxoxo=D